27 setembro 2011

Essa máscara é mais perturbadora do que qualquer coisa que eu já vesti!

Joey Jordison foi recentemente entrevistado pela Rythm Magazine. E com o maior prazer, estamos trazendo pra vocês a tradução da matéria na íntegra, que você pode acompanhar abaixo.
Deve haver algo obscuro e suspeito no coração do estado de Iowa. Certa vez ele foi designado como parte do núcleo de milharais da América, mas desde 1999 o estado vem sendo mais conhecido pela grade força do metal moderno: Slipknot.


 

Joey Jordison emergiu como um dos mais populares e influentes bateristas de metal de sua geração. Além do SlipknotJoey toca guitarra no Murderdolls e têm feito participações especiais no Satyticon,Korn Ministry.

Quando você está tocando aquela bateria loucamente rápida numa música, como em ’This Cold Black’, como você concilia isso com o ritmo?

Sabia que essa pergunta ia ser feita. As músicas ’All Hopes is Gone’’This Cold Black’’Gematria’,’Vendetta’, partes de ’Sulfur’, são muito, muito rápidas e eu aprendi recentemente a controlar minha respiração e a relaxar. Parece estranho, como se você devesse ficar mais nervoso e pegar mais pesado. Eu não. Quando eu fico naquele estado, e tenho meus pés trabalhando bem, quanto mais eu respiro, mais eu relaxo; quanto mais eu não me preocupo com isso, mais rápido consigo fazer.

Você ensaia quando não está em turnê?

Sim, ensaio muito. Moro num lugar onde a vizinhança não permite muito barulho, então eu tenho que ensaiar em dois lugares que tenho meus kits principais, e em casa eu tenho minha bateria eletrônica. Tenho a ’TD-20s’ em casa e eu gosto muito de programar coisas nela. São bem divertidas de tocar.

Você não é do tipo de baterista que toca a mesma parte duas vezes - Nunca é Verso-Refrão-Repete...
 
Em ’All Hope Is Gone’, o segundo verso é diferente do primeiro verso mesmo se eles tiverem a mesma estrutura. Eu vou mudar o ritmo, o riff mudará, as notas mudarão - é sempre uma progressão mesmo que esteja no contexto da música. Acho que é isso que faz o Slipknot tão especial.

Tem muitos estilos diferentes de bateria nesse álbum. ’Psychosocial’ começa com quase um ’black beat’, mais rock do que metal puro...
Essa música tem uma pegada muito boa, um peso bacana. É uma energia entre o Ministry e oMeshuggah, com um refrão bonito. Estou muito orgulhoso dessa música. Foi uma das primeiras que eu planejei com Paul no começo das composições. Gostamos de compor em estilos diferentes, não precisa ser rápido a todo tempo. Só precisa ter uma atmosfera que às vezes move você, alguma coisa que seja impactante. Muitas bandas ficam travadas num certo estilo, mas acho que o Slipknot é uma das bandas que pode fazer qualquer estilo e tocar que continua sendo Slipknot.

Você tem uma máscara nova...
Todos nós temos. Está mais surrada, pelos anos de turnê, envelhecendo, tá com uma aparência mais desagradável. Está mais marcada e detalhada. Mais perturbadora do que qualquer coisa que eu já vesti, com certeza.

A máscara atrapalha na sua respiração?
Claro que sim. Envia você para um lugar entre o equilíbrio e a asfixia. Você tem que ser um pouco sado pra estar no Slipknot, com a asfixia é bem como uma restrição, e o balançar da cabeça e a energia e o quão difícil a música é de se tocar, não sabendo se você será acertado por um taco de baseball na cabeça; ou se Sid vai subir lá e me estrangular por 30 minutos, vestido com a máscara, tentando tocar - é imprevisível. Gostamos disso desse jeito.

Antes do reencontro do Slipknot, você esteve fora tocando com muitas pessoas diferentes, começando com o Satyricon... Eu sou um fã de black metal desde o começo dos anos 80. Acompanhei a cena e o Satyricon têm sido uma das minhas bandas favoritas de black metal. Conheci a banda através de um amigo em comum, e nos tornamos muito amigos. Fui muito sortudo por ser convidado a participar, e fiquei feliz de fazê-lo. Com o Ministry, eu sou um dos maiores fãs de Ministry que já existiu, e eu mergulhei de cabeça nessa chance. Assim que terminou a turnê do ’Live 9.0’, que foi a última turnê que fizemos em 2005 para contribuir com o álbum ao vivo do Slipknot, ele me chamou, e eu disse "Nossa, cara, que honra!" Fui até lá e os encontrei. Foi bem legal. Fiquei com eles por 8 meses. Logo após isso, eu produzi o álbum do 3 Inches Of Blood em Vancouver e Seattle. Fiz alguns grandes amigos e acho que fizemos um ótimo álbum. 
Assim que o terminamos, Korn estava procurando um baterista e saindo numa turnê. Falei com o Munky primeiro e tivemos uma ótima conversa, então Jonathan e eu tivemos uma conversa muito longa e engraçada. Fui até lá e ensaiei com o Korn. Na primeira música eles pararam e disseram "Você tá no jeito, cara, o som tá ótimo." Fiquei no Korn por 8 meses também. Quando terminamos, voltei imediatamente pro Slipknot, escrevendo o álbum e estou em turnê agora, então... eu literalmente não parei.




Autor da Postagem: Maggotslipknot1.

Nenhum comentário:

Link Within

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...